Quem pode vencer Amastha?
Por Márcio Rocha
Com o prazo final para a escolha dos candidatos a prefeito de Palmas cada vez mais próximo se intensificam as conversações em torno dos principais pré-candidatos a prefeito de Palmas. Um deles é o prefeito Carlos Amastha (PSB) que, mesmo com a caneta e a chave do cofre não conseguiu alavancar seu nome para além dos 30% de intenção de voto em nenhuma pesquisa, amargando ainda uma rejeição que beira os 40%.
Mas a pergunta que fica é: quem entre os principais pré-candidatos da oposição pode vencer Carlos Amastha?
RAUL FILHO (PR)
Em segundo lugar nas pesquisas Raul Filho é político experiente, perdeu duas eleições para prefeito de Palmas e venceu duas. É político por profissão e agropecuarista nas horas vagas. No entanto, nas últimas semanas as suas intenções de voto cada vez menores, dadas as incertezas em torno da sua pré-candidatura, que está mantida graças a uma liminar monocrática conseguida junto a um ministro do Superior Tribunal de Justiça que está sendo investigado por suspeita de venda de sentença.
O ex-prefeito, condenado por crime ambiental, o que o deixa inelegível, ainda é réu junto com a esposa, em um processo que investiga os desvios de R$ 117 milhões para a empreiteira Delta, ligada ao contraventor Carlinhos Cachoeira, que já apareceu em um vídeo doando dinheiro de caixa 2 para Raul em 2004. Hoje a aposta é que Raul sequer será homologado candidato, e se for, pode acabar saindo no meio da disputa.
LUANA RIBEIRO (PDT)
Deputada estadual no terceiro mandato, Luana Ribeiro já foi testada nas urnas nas últimas eleições, mas acabou passando vexame com apenas 8.807 votos, isso quando ainda tinha ao seu lado o seu pai, o senador João Ribeiro, uma verdadeira águia da política tocantinense, mas que acabou falecendo por problemas de Saúde.
Apostar no nome de Luana é um risco alto e que pode acabar se revelando tão decepcionante quanto na última eleição. As chances de uma surpresa positiva são mínimas e sua pré-candidatura parece muito mais um balão de ensaio para que seu nome fique nos holofotes, mirando a reeleição para deputada estadual em 2018.
WANDERLEY BARBOSA (PEN)
O deputado estadual Wanderlei Barbosa é um nome que deve ser levado à sério. Principalmente com a possível saída de Raul. Com um perfil parecido com o do ex-prefeito, Wanderlei pode acabar herdando naturalmente os votos que seriam de Raul.
No entanto, para ter chances reais Wanderlei precisa garantir votos em todas as partes da cidade e não apenas em Taquaruçu, um dos bairros mais afastados de Palmas e que é responsável por mais de 60% dos seus votos.
CLÁUDIA LÉLIS (PV)
Nova na linha de frente da política, Cláudia herdou a tarefa de substituir o marido, Marcelo Lélis, junto ao eleitorado. Eleita vice-governadora após a condenação dele pela Justiça Eleitoral, Cláudia agora se arrisca como cabeça de chapa à prefeitura de Palmas.
Terceira colocada em todas as pesquisas, Cláudia começou a traçar seu plano para ser candidata a prefeita ainda em 2015. Com a orientação do Marido ela melhorou a retórica e começa a parecer confortável na posição em que está. Pelo perfil traçado nas pesquisas qualitativas realizadas em Palmas tenta se adaptar para oferecer o que o eleitor deseja, alguém com perfil paternalista, próximo do povo. Tem obtido relativo sucesso, uma vez que já foi até escolhida por um grupo de seis partidos para ser a candidata oficial, entre eles o PP e o PMDB.
As incertezas que pairam sobre Cláudia são: a falta de realizações políticas para ter o que mostrar ao eleitorado que quer conquistar e a ação do Ministério Público que pede a sua cassação, junto com a do governador Marcelo Miranda (PMDB), por supostos crimes eleitorais nas eleições de 2014. O apoio oficial do Governo do Estado, com 80% de rejeição também pode ser um impeditivo para o seu crescimento.
FABIANO DO VALE (PRB)
O único pré-candidato que nunca teve um mandato eletivo tem se destacado justamente por isso em meio à multidão de pré-candidatos, que em Palmas já chega a mais de 20. Em várias pesquisas qualitativas Fabiano mostra que é um dos que mais ter possibilidade de crescimento.
Empresário de sucesso Fabiano viu suas preocupações aumentarem nos últimos 18 meses com o agravamento da crise, o que pode atrapalhar a sua candidatura, uma vez que os recursos oriundos dos próprios candidatos tendem a fazer toda a diferença, já que esta será a primeira eleição aonde as doações de empresas serão proibidas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dadas as considerações sobre os candidatos e na iminência de que hajam ao menos duas candidaturas fortes por parte da oposição, o próximo prefeito de Palmas pode acabar sendo eleito com pouco mais de 40% dos votos válidos, assim como aconteceu com Raul Filho em 2008, que venceu com apenas 44% dos votos válidos contra 56% da oposição, divididos principalmente entre Marcelo Lélis, que obteve 33% e Nilmar Ruiz, com 21%.
Resta saber quem será o vencedor e quem serão os vencidos. Façam as suas apostas!!!