Raul Filho reafirma sua pré-candidatura e ataca Amastha
Em uma entrevista exclusiva na tarde da última sexta-feira, 15, o ex-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Palmas Raul Filho (PR), afirmou que está confiante na revisão definitiva da sentença que o condenou por crime ambiental e o deixou inelegível. Recentemente ele conseguiu uma liminar no Superior Tribunal de Justiça suspendendo a condenação. Agora Raul aguarda a apreciação do seu caso pelo pleno do STJ, que pode manter ou cassar a sentença, em qualquer um dos casos ainda cabe recurso ao STF. "A Justiça às vezes se equivoca. E temos a confiança que essa sentença injusta será revista em definitivo pelo STJ", declarou Raul.
Segundo Raul Filho a sua pré-candidatura é uma "convocação" dos moradores de Palmas e que não existe um outro plano que não a sua candidatura. Para ele a população está insatisfeita com os rumos que a atual gestão tomou. "A gente nunca consegue fazer tudo o que gostaria, mesmo em oito anos, ainda temos muito que oferecer a Palmas", disse.
Questionado sobre a sua condenação e outros processos que sofre na Justiça, como o caso onde é investigado por vários crimes envolvendo um suposto esquema que favoreceu a empreiteira Delta e o contraventor Carlinhos Cachoeira, Raul disse que está tranquilo e que tudo está sendo esclarecido. Também afirmou que não teme que seus adversários usem essas denúncias para atacá-lo. "Quero fazer uma campanha propositiva, discutindo os problemas de Palmas e as eventuais soluções. Mas, obviamente, que eleição é uma guerra e se nos atacarem vão receber o troco na mesma moeda. Aquele pré-candidato que não tem nem nunca teve nenhum problema com a Justiça, que atire a primeira pedra", alfinetou.
Raul Filho disse que não teme uma comparação entre a sua administração e a do atual prefeito, pois sua administração atuou em todas as áreas e que a gestão do prefeito Carlos Amastha, a quem ele se referiu como "fanfarrão" é baseada apenas em publicidade. "Essa história que minha gestão só atuou na Educação é uma falácia, uma invenção do atual prefeito. Nossa gestão foi completa e atuou em todas das áreas. A maior diferença entre as duas administrações é que a dele é uma gestão de marketing, enquanto a minha foi uma gestão de ação. O Amastha é um fanfarrão, que vai ter a sua resposta agora. Vamos deixar que a população faça essa comparação. Eu já fui julgado pelas urnas e fui aprovado. Vamos ver se ele consegue o mesmo. Acredito que ele sequer será candidato. Ele vai jogar a toalha na hora certa", disparou.
Disse que em sua gestão Palmas avançou em todas as áreas, construiu várias escolas de tempo integral, inúmeras creches, Unidades de Pronto Atendimento para a Saúde, equipou e modernizou a Guarda Metropolitana, além de construir milhares de casas populares. "Basta comparar o que era a cidade antes de 2004 e como ela se transformou após a nossa gestão, em todas as áreas", afirma.
Impostos
Questionado sobre a revisão da planta de valores imobiliários, que ocorreu na atual gestão, Raul Filho foi duro em sua crítica e disse que se for eleito vai rever a planta de valores imobiliários, mesmo que isso signifique renúncia fiscal. "O que houve não foi aumento, o que houve foi uma extorsão. Isso é um assalto, o que está acontecendo com o cidadão palmense. Como é que alguém aumenta a planta de valores em até 2400% num país aonde a inflação era de 6%. Isso é injustificável. É um abuso. Temos que rever essa planta de valores e achar um ponto de convergência que não penalize o contribuinte. Nós vamos rever esses e outros impostos. Vamos reduzir essa carga tributária abusiva.
Raul também prometeu rever a cobrança do estacionamento rotativo, que segundo Raul foi desvirtuado para privilegiar uma empresa. "O estacionamento rotativo é uma lei criada em nosso governo, mas que tinha fins filantrópicos para ajudar a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais). Infelizmente a Apae não conseguiu se organizar para explorar o serviço e a atual gestão desvirtuou o projeto para beneficiar uma empresa que ficar com 93% do total arrecadado e repassa apenas 7% para a prefeitura. Se eu vencer as eleições vamos suspender imediatamente essa cobrança, rever e direcionar para a filantropia e não para o lucro, como está sendo feito".
Confira a entrevista completa na versão impressa da Folha Capital que circula na próxima nesta quinta-feira, 21.