• Palmas - TO, 19.04.2024

  • Polícia
  • 26/05/21 21:49
  • Divulgação

Empresas de fachada são alvo de operação da Polícia Civil no Tocantins, Minas Gerais e São Paulo

Três empresas de fachada, sendo duas de Porto Nacional e uma de Palmas, foram alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil do Tocantins (PC/TO), na manhã desta quarta-feira, 26. Coordenada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT) da PC/TO, a ação resultou na apreensão de equipamentos de informática e documentos. O caso é investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP/MG) e pela Polícia Civil de Minas Gerais com apoio da Polícia Civil do Tocantins, onde os crimes foram praticados por meio de organização criminosa interestadual.

As empresas são suspeitas de gerar prejuízo de mais de R$ 150 milhões aos cofres públicos por meio da sonegação do ICMS. Eles serão investigados por crime tributário, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vinícius Mendes de Oliveira, a fraude ocorria no setor de metais e sucatas. No Tocantins, as empresas são de reciclagem de papelão e alumínio. Em Palmas, o estabelecimento emitiu uma nota no valor de R$ 1,3 bilhão pelas supostas vendas de cobre, no entanto, no momento das buscas só foram encontrados itens de reciclagem de papelão, alumínio e plástico. “Na Capital e em Porto Nacional, eram emitidas notas fiscais no intuito de compensar imposto, porém nenhuma mercadoria foi enviada para outros estados”, destacou.

As investigações apontaram que a organização criminosa simulava operação de compra e venda de mercadoria em Minas Gerais com notas fiscais de outros estados, usando empresas de fachada, criadas em nome de laranjas, para não pagar impostos e gerar créditos tributários para outros empreendimentos beneficiados.

Operação Sinergia

A operação batizada com o nome de Sinergia foi deflagrada pelo MP, pela PC, pela Polícia Militar (PM) e pela Receita Federal de Minas Gerais com apoio da PC/TO. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. No Tocantins, a DRCOT contou com o apoio do Núcleo de Crimes Financeiros e de Informática, órgãos do Instituto de Criminalística vinculado à Superintendência da Polícia Científica da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO).